terça-feira, 30 de setembro de 2008

O QUE O FILÓSOFO DISSE


"Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande... É a sua sensibilidade sem tamanho" - Shakespeare

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

AMOR NA MADRUGADA


AMOR NA MADRUGADA
Arlene Miranda

A luz lilás, em plena madrugada,
De amor tocava os divinais contornos,
E eu sobre o teu rosto, então curvada,
Deitava sobre ele os lábios mornos.

E tu, sereno, não te apercebias
Daqueles beijos que eu te dava então,
Aquietado, imóvel, tu dormias,
Sem escutar pulsar meu coração.

Da janela me vinha um cheiro agreste,
E eu, relembrando o amor que tu me deste,
Sentia, ainda, o afago do teu beijo...

Naquela hora, em mágico cansaço,
Quis me prender total no teu abraço,
E navegar no mar do teu desejo.


domingo, 28 de setembro de 2008

PARABÉNS


Hoje, volto no tempo e me vejo no auditório da Rádio Difusora aplaudindo os seus artistas. No palco estão Nivaldo Valença, Setton Neto, Cláudia Maria, Zezé de Almeida, Cláudius Jucá e tantos outros que faziam parte do naipe de cantores da "Pioneira". As tardes de sábado na Difusora eram uma festa. Sob o comando da gordinha Odete Pacheco, o programa "Rádio Variedade" era um sucesso. Nele, também tivemos oportunidade de aplaudir cantores que vinham do Rio de Janeiro, como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Carlos Galhardo, Sílvio Caldas, Luiz e o irmão Zé Gonzaga, Linda e Dircinha Batista (que se tornou minha amiga, muitos anos depois, no Rio de Janeiro) e outros mais. Os anos passaram e a Difusora foi vencendo os obstáculos e, gloriosamente, chegou aos 60 anos, comemorados no último dia 16 de setembro, com a confraternização de seus funcionários numa bela solenidade, seguida de um suculento café da manhã. Parabéns para a Difusora, na pessoa de seus diretores, artistas e demais funcionários, quando ainda me bate uma saudade imensa dos gloriosos tempos da "Escolinha do Barulho", Pixote e Pixotinho, das novelas: "Vamos embora, Morfeu..." e outras mais, quando todas essas maravilhas se instalavam no prédio de um velho Jardim de Infância, na rua Dr. Pedro Monteiro. Ah! Quanta saudade!

RECORDANDO


Qual a jovem de ontem não sonhou com ele na adolescência? Década de 50, 60, Paul Newman era a coqueluche das mocinhas sonhadoras, que se embeveciam com a sua beleza. Mas os anos passaram e, inexoravelmente, a juventude do galã acabou, um câncer o consumiu e ele se foi no último dia 27, deixando em nós uma certa nostalgia pela certeza de que, para muitas de suas fãs, o tempo também está passando. Mas fica em nossa memória a lembrança dos seus maravilhosos olhos azuis que alimentaram nossos sonhos.

sábado, 27 de setembro de 2008

O CORETO DA AVENIDA


O CORETO
Arlene Miranda

Singelo e imponente em plena praça,
Testemunha de amores comovidos,
O coreto exibe a sua graça,
Ao som de cânticos enternecidos.

Perpetuando a alma do poeta,
Em plena praça ele se impõe bonito.
É só poesia, encantamento e graça,
Sob o azul turquesa do infinito.

Quando a bandinha da cidade ataca,
Com acordes vibrantes de emoções,
Em chorinhos, valsinhas e dobrados...

Retretas e poéticas serenatas
Levam ternura aos velhos corações
Que pulsam muito mais apaixonados.







sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MEU AUTOR PREFERIDO


Faço aqui algumas considerações sobre Carlos Heitor Cony, meu autor preferido, que, a convite de minha amiga Sheila Maluf, diretora da Edufal, tive a honra de apresentar na Bienal do Livro de 2007. Aquele foi um momento de grande emoção, quando me vi ao lado do maior escritor brasileiro, cujas obras sempre me encantaram. O que apaixona em suas histórias é a visão que ele tem do ser humano. Em seus livros, a associação entre tristeza e lucidez é o preâmbulo para a felicidade, enriquecida por um humor fino, invulgar, contido em belas e sublimes passagens. Seu ceticismo tem um toque indisfarçável de seu gosto pela vida, que finge prezar de menos, quando, na verdade, preza demais. Ama viver, como ama escrever. Mas, de uma ou de outra arte, como um pintor caprichoso e detalhista, pinça os tons mais gris, para realçar os azuis exuberantes.
Imortal da Academia Brasileira de Letras, Cony é uma das maiores glórias da literatura brasileira. A ele, o atestado de minha enorme admiração, na morna "Tarde de sua Ausência".

SONETO


MINHA MÃE
Arlene Miranda

À memória de minha saudosa mãe

Vejo-a, inda hoje, refulgente e bela,
Na Austríaca cadeira a se embalar.
Cantarolando canções tão singelas,
Ternura imensa expressa em seu olhar.

Cabelos brancos, são doces lembranças,
De anos vividos com sabedoria,
Lendo, pra nós, histórias na infância,
Alimentava as nossas fantasias.

Ao evocá-la, hoje, com saudade,
Revivo os momentos tão felizes,
Em qu'ela me embalava em seu regaço.

Protegendo meus passos, vida afora,
Qual Anjo bom, grande tristeza eu vi,
Brincando em seu olhar, quando parti.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

SONETO



TERNURA
Arlene Miranda

A um anjo que passou por minha vida

Um dia ela veio me procurar,
E mostrou-me o sorriso inocente:
"Senhora, eu só quero, simplesmente,
O vosso abraço para me esquentar.

Entrou. E no meu colo se aqueceu,
Até que molemente adormeceu.
E eu, a contemplar o seu rostinho,
Cobri aquele Anjo de carinho.

Um dia ela me disse: "Vou-me ambora!"
Com tristeza, eu chorei naquela hora,
E perguntei: "Por que, o que te fiz?"

E foi então que, pra surpresa minha,
Ela me respondeu - a pobrezinha:
"Porque não sei se vos farei feliz!"








quarta-feira, 24 de setembro de 2008

COMENTÁRIO


O Parnasianismo foi um movimento poético que reagiu aos abusos sentimentais dos românticos. O romantismo, porém, nunca morreu; ao contrário, continua cada vez mais vivo. Na foto, Mário de Andrade, um dos escritores que participaram da Semana de Arte Moderna de 1922.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

HOMENAGEANDO MACHADO DE ASSIS NO CENTENÁRIO DE SUA MORTE


"Guarda estes versos que escrevi chorando
Como um alívio à minha saudade,
Como um dever do meu amor;e quando
Houver em ti um eco de saudade,
Beija estes versos que escrevi chorando"

Machado de Assis

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

DIVAGANDO


AS SAGRADAS MONTANHAS DAS GERAIS
Arlene Miranda

Esse era o atalho que me levava ao êxtase. Por ele,
eu caminhava ao pico do desfiladeiro, de onde podia
ver, no final da tarde, o sol pratear o horizonte. Na-
quele momento de graça, tudo era encantamento e
poesia. Ah! minha saudade, tu lá ficaste fin-
cada nas sagradas Montanhas das Gerais.


TROVA





"Da cacimba dos meus olhos
desce a água em cachoeira
removendo esses antolhos
que usei a vida inteira"

Meu amigo José Alberto Costa
(Poeta cordelista)

FRASES



"Não estás deprimido, estás distraído...
... Distraído em relação à vida que te preenche,
Distraído em relação à vida que te rodeia,
Golfinhos, bosques, mares, montanhas, rios." - Facundo Cabral (Compositor, poeta e cantor argentino)

"Deus te tornou responsável por um ser humano, que és tu. Deves trazer felicidade e liberdade para ti mesmo. E só então poderás compartilhar a vida verdadeira com todos os outros" - Facundo Cabral (Cantor e compositor argentino)




LEMBRANÇA DA INFÂNCIA


OS TRAPICHES
Arlene Miranda

Fincados nas areias da Avenida
Os trapiches guardavam os sonhos meus.
Trazendo grande encanto à minha vida,
Ele era o elo entre o mar e Deus.

Doce folia em dias de bonança,
Em que brinquei nos mares da Avenida.
Ainda hoje guardo na lembrança
Terna imagem, linda, tão querida.

Pulando, em algazarra e traquinice,
Alegre, eu festejava a meninice,
Olhando o mar de verde seda pura...

Esse mar grandioso, tão profundo,
Era a coisa mais linda deste mundo,
Brinquedo com sabor de aventura.


domingo, 21 de setembro de 2008

SONETO


ANJO DA NOITE
Arlene Miranda


Na penumbra lilás do cabaré
o casal se beijava abraçado.
E a menina que se fez mulher
se entregava à volúpia do pecado.

O Anjo na orgia mergulhava,
perdido entre as luzes do salão.
Ninguém sabia o que o maltratava
nem a angústia do seu coração.

Disfarçando a tristeza de su'alma,
para que não lhe vissem a agonia,
a formosa boneca, sempre calma,
àqueles homens se oferecia.

Seu rosto, como pedra da estrada,
escondia da alma desvairada
a dor que a feria num açoite...

E no quarto, ante a lâmpada velada,
o Anjo pedia, em plena madrugada:
"Amor, quero dormir, ainda é noite!"




sábado, 20 de setembro de 2008

POESIA



Mais um grupo literário se forma em Maceió. Trata-se do "Movimento da Palavra", idealizado pela poetisa Lou Correia com apoio do cantor Dydha Lyra, das poetisas Lys Carvalho, Valderez de Barros, Sandra Marzo, eu própria e o escritor e cordelista JAC (José Alberto Costa), todos unidos num só ideal: perpetuar a poesia na sua expressão maior. Na foto, os citados componentes, reunidos no Café Palato, no dia 27/8/2008.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

SONETO


TEU OLHAR
Arlene Miranda
Para Nilo

Teu olhar é farol que me conduz
Nas tortuosas curvas do caminho.
Salpicado de azul, é como luz,
Conduzindo meus passos com carinho.

Foi esse olhar que me encantou um dia,
Nele encontrei a trilha abandonada.
No doce azul, um lume de magia
Iluminou meu sonho na madrugada.

Senti no teu olhar, doce e profundo,
As alegrias que busquei no mundo,
Desde novinha, em plena mocidade.

E com o coração apaixonado,
Sem conhecer as teias do pecado,
Escrevi estes versos de saudade.



terça-feira, 16 de setembro de 2008

O VaLOR DE UMA AMIZADE


"Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito..." -

sábado, 13 de setembro de 2008

FRASE


"Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol" - Pablo Picasso

FRASE


"O homem não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar" - Charles Chaplin

FRASE


"O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons" - Martin Luther King

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

POEMA


Meu "CAMPO ALEGRE"
Arlene Miranda

Saudades da "Fazenda Campo Alegre"

Cercado de montanhas verdejantes,
Meu "Campo Alegre" os montes encantava,
E a cachoeira d'águas espumantes
Bem mais beleza ao campo emprestava.

A campina coberta de ternura
Era o encanto do meu coração.
Trazendo ao meu olhar tanta doçura,
Inundava o meu peito de emoção.

Inda recordo o gado espalhado
Pelo pasto qu'enchia a imensidão,
Tão grande era o rebanho sagrado,
Mas bem menor que a minha devoção.

E o "Campo Alegre" vigiando a lida,
Era a razão do meu encantamento.
Mas a vida cruel, empedernida,
Obrigou-me a vendê-lo em tal momento.

E hoje, ao despontar do sol nascente,
Busco, em vão, escutar a passarada.
Ouço bem longe o seu cantar ardente,
Do "Campo Alegre" agora afastada.

Componho aqui meus versos, comovida,
Inspirada nos verdes matagais:
- Pra trás ficou o sonho da minha vida,
Nas douradas montanhas das Gerais.


domingo, 7 de setembro de 2008

FRASE


"As mais lindas palavras de amor são ditas no silêncio de um olhar" - Leonardo Da Vinci


"Tens a cor de canela e eu
um cravo na mão.
Tens o cheiro da espera e eu
a solidão" -
Sóstenes Lima

Poema


MEU BEM-QUERER
Arlene Miranda
Para o querido Tony,
da tia Arlene


Lembro os seus lindos olhos, tão pretinhos,
Vivos, felizes, descobrindo a vida.
Assim, nos conquistando de mansinho,
Tornou-se a nossa jóia mais querida.

Quero vê-lo, meu bem, sempre sorrindo,
Com o divino frescor da mocidade.
Demonstrando ternura e amor infindo,
Com o coração repleto de bondade.

Bendita seja a mãe que o gerou,
Essa que, um dia, o trouxe à nossa vida.
Bendito seja o seio que o amamentou,
Dessa santa mulher, doce e querida.

E eu cá do meu canto a amar você,
Meu querido sobrinho, minha jóia.
Você será o eterno bem-querer,
Meu e da querida tia Goia.



sábado, 6 de setembro de 2008

POEMA


O PEREGRINO DO AMOR
Arlene Miranda
Ao meu médico e amigo, Dr. Rogério Araújo

"Dieu soit en aide au pieux pèlerin" - Bouchard

No silêncio da noite que dormita,
Ele percorre o pavilhão sombrio.
Carrega o anjo que em si habita,
Com o seu jaleco, indiferente ao frio.

Face tranqüila, em sombra mergulhada,
Co'amor, busca sanar o sofrimento,
Como um Arcanjo, em meio à madrugada,
Leva ao pobre doente grande alento.

A mim mesma, em horas de agonia,
Socorreu-me no leito do hospital,
Aliviando as dores qu'eu sentia,
Num gesto de grandeza fraternal.


E nas horas de horror, agoniadas,
O nobre ser no quarto adentrava,
Peregrino do amor, faces rosadas,
Mão imantada, a dor me aliviava.

Esse Anjo tem dotes de poeta,
Compondo versos que alcançam a Deus.
Tendo a medicina como meta,
Ele faz versos como os versos meus.






sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Soneto


IRMÃ QUERIDA
Arlene Miranda


Quando nascestes, naquele janeiro,
Foi muito grande a minha emoção...
Eras a linda irmã anunciada,
Que veio para alegrar meu coração.


Juntas crescemos sempre muito unidas,
Deste-me sempre ao coração guarida,
Companheira fiel, inseparável,
Relicário de amor, irmã querida.


Vejo-te hoje como bem supremo,
Qual anjo bom a proteger-me os passos.
Em todos os instantes desta vida...


Se tu viesses a me faltar um dia,
Tenha certeza de qu'afundada em dor,
De saudade eu também morreria.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

FRASE


"Faz escuro, mas eu canto, porque a manhã vai chegar".
Thiago de Mello

Soneto


A ROSA RUBRA
Arlene Miranda

A linda rosa rubra que me deste
Animou minha tarde de verão.
Cheguei a esquecer o que fizeste.
Foi só por ela que te dei perdão.

A pétala da rosa exala olor,
Na cor rubra da flor, a exaltação.
Ela que perfumou o nosso amor
E confortou meu pobre coração.

Olhando para ti, meu bem amado,
Senti o doce cheiro do pecado,
E tentei abraçar-te, tão-somente...

O perfume da rosa se estendeu
Pelo ninho de amor, amado meu,
E eu me entreguei, apaixonadamente.

POEMA


Desencontrários
Paulo Leminski


Mandei a palavra rimar,
ela não me obedeceu.
Falou em mar, em céu, em rosa,
em grego, em silêncio, em prosa.
Parecia fora de si,
a sílaba silenciosa.

Mandei a frase sonhar,
e ela se foi num labirinto.
Fazer poesia, eu sinto, apenas isso.
Dar ordens a um exército,
para conquistar um império extinto.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

POEMA


CORA CORADA
Arlene Miranda

Iluminada Cora de Goiás,
Amava a vida com sofreguidão,
Em desefa do amor era capaz
De entregar-se inteira a uma paixão.

No lindo Goiás Velho, onde nasceu,
Viu, tarde, o seu poema consagrado,
Na casa em que sua rima floresceu,
Bem junto à ponte de cimento armado.

Carlos Drummond seus versos consagrou,
E inalteceu imagens tão reais,
Recitando os mais belos que encontrou
No "Poemas dos Becos de Goiás".

N'humílimo esboço de poesia,
Em que tento su'imagem preservar,
Escrevo ao sabor da fantasia,
Para seus lindos versos decantar.

Ana, que Cora eu conheci corada,
Amando as velhas ruas de Goiás,
Será sempre querida e muito amada
Por mim, que a exaltarei cada vez mais.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Poema

PARIS
Cidade de todos os sonhos
Arlene Miranda


Paris é um poema ebulitivo,
Lenda de amor que muito me enternece,
Feérico luminar, celeiro vivo
De esplendores que jamais se esquece.

Chamada, com amor, “Cidade luz”,
É sonho maravilhoso, encantamento,
Sua eterna beleza me seduz,
Com seu perfume que acalenta o vento.

Oh, linda Paris, terra querida,
Berço do amor, reduto de poetas,
Banhada pelo Sena, enternecida,
Fulgura no esplendor de suas metas.

Nessa Paris formosa em que vivi,
Envolta no olor de lindas flores,
Olhando as suas pontes, enterneci,
Sentindo o palpitar dos seus amores.

Se Renoir à terra retornasse,
Por certo novos quadros pintaria.
Se o coração de amor se abrasasse,
Novo “Rosa e Azul” recriaria.

De Maupassant, ficaram inolvidáveis
Obras que tanto o imortalizaram:
“Bola de sebo”, “Bel ami”, notáveis,
Seus imensos leitores encantaram.

Por isso, não me canso de exaltar
Suas belezas, terra sacrossanta.
Da “butte” de Montmartre a escutar
O Grito do um herói que se alevanta.

"A inveja é pequenina, mesquinha no seu modo de agir, mas gigantesca na sua intensidade" - Mahatma Ghandi

"Só levarei à tumba o pesadelo de um canto
inconcluso" - Che Guevara