quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O FILÓSOFO DO VINHO


FILOSOFIAS DE KHAYYAM:


Bebe! Pois não sabes de onde vieste, nem por quê. Bebe! Pois não sabes por onde te vais, nem
para onde." Omar Khayyam.

"Se os que amam o vinho e o amor vão para o inferno, o paraiso deve estar vazio."

Ah, enche a taça:- de que vale repetir
Que o tempo passa rápido sob nossos Pés:
Não nascido no amanhã, e falecido Ontem,
Por que angustiar-se frente a eles se o Hoje pode ser doce?"

"Busca a felicidade agora, não sabes de amanhã.
Apanha um grande copo cheio de vinho,
senta-te ao luar e pensa:
Talvez amanhã a lua me procure em vão."

OS PÁSSAROS ALEGRAM A VIDA


Pode haver no mudo algo mais
bonito do que um pássaro? O seu
canto sagrado, a sua plumagem, o
seu porte, tudo nele é maravilhoso.
Ele empresta à vida uma poesia
que emociona e enche de ternura
nossas manhãs. Vamos proteger as
nossas aves e parar de cortar as ár-
vores que lhes protegem os ninhos.

CANTO MAVIOSO


O BEM-TE-VI
Arlene Miranda

De manhãzinha, escuto o bem-te-vi,
Seu doce canto a invadir os Céus.
O sibilar mais lindo que já ouvi,
-Obra divina, criação de Deus!

Mavioso trinado na matina,
O bem-te-vi encanta o meu viver.
Sobre as silvas molhadas da campina,
Traz mais ternura ao amanhecer.

Seu canto mavioso invade a aurora,
À luz do almo sol, em doce hora,
Ele celebra os Anjos lá do Céu.

E, para amenizar as minhas dores,
Com a proteção do Arcanjo dos amores,
Inunda de ternura o peito meu.

UMA ROSA COM AMOR


segunda-feira, 20 de outubro de 2008

TERNURA ANGELICAL


Edinho é a coisa mais rica
que Deus nos deu. Ele é uma
criança linda, inteligente, vi-
va, amorosa e enche de ale-
gria as nossas vidas. Obser-
vem abaixo o seu jeitinho de
garoto levado e encantador.

MINHA LINDA CRIANÇA


MEU PEQUENINO LINDO
Arlene Miranda

Ao meu lindo sobrinho Edinho

Lindo bebê, como um botão floriu,
Num dia de luz, no mês de outubro,
Qual rosa perfumado se abriu
O sorriso feliz no lábio rubro.

Nós o louvamos - ser maravilhoso,
Que trouxe à nossa vida alegria.
Olhar suave, terno, amoroso,
Brilha mais forte que o clarão do dia.

Como faz bem o seu olhar brilhante,
E o doce sorriso inocente,
Qual esplendor de puro diamante.

Daqui, quero externar o meu carinho,
Por esse ser que amo imensamente:
Meu pequenino lindo, meu Edinho.



quinta-feira, 16 de outubro de 2008

A CADEIRA E OS SONHOS



A cadeira de balanço Austríaca,

postada num canto da sala, em-

balou os sonhos de minha velha

mãe e acalentou a sua ternura.

REFLEXÃO


VELHICE
Arlene Miranda

Não desejo morrer na incerteza
De que a minha vida foi em vão.
Quero findar meus dias com firmeza,
Sem tristeza, sem dor, sem compaixão.

Terna saudade a se findar comigo,
O meu jardim as flores perfumando,
Em meu leito final eu busco abrigo,
Enquanto a noite vem desabrochando.

Vendo a noite cair, na longa espera,
Então, perdida em solidão, almejo
O luminar feliz da primavera...

Sem lamentar palavras que não disse,
Sentindo, enfim, o último solfejo,
Me acalmo no repouso da velhice.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

AS ROSAS NÃO FALAM


.
Queixo-me ás rosas,
mas, que bobagem,
as rosas não falam,
simplesmente as rosas
exalam
o perfume que roubam de ti, ai.

TRIBUTO A CARTOLA

TERNURA EM FORMA DE POESIA
.
"Bate outra vez
Com esperanças no meu coração,
Pois já vai terminando o verão, enfim.
Volto ao jardim,
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar
Para mim.

Queixo-me às rosas, mas que bobagem,
As rosas não falam,
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti, ai.

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos,
E, quem sabe, sonhavas meus sonhos,
por fim".

Essa é a maior expressão poética que já ouvi.
Nela, Cartola depositou todo o seu sentimento,
um sentimento que nos toca e enternece. Neste
mês de outubro, quando no dia 11 se comomorou
o seu centenário, deixo aqui o meu tributo àque-
le que, para mim, foi um dos maiores poetas bra-
sileiros: Agenor de Oliveira, o Cartola.

JORGE DE LIMA, GRANDE POETA ALAGOANO

A poesia abaixo e os lampiões

são a homenagem que presto

ao grande poeta alagoano, cujos

sonetos nos enternecem a alma

sedenta de poesia. É sublime ler

Jorge de Lima.

O LAMPIÃO ILUMINA OS NOSSOS SONHOS

Iluminando a alma dos
boêmios, o lampião, no
silêncio das madrugadas,
enche de encanto, poesia
e magia o silêncio que se
instala em cada esquina,
enquanto corações solitá-
rios continuam a sonhar
com a felicidade.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

LEMBRANDO O GRANDE POETA


O ACENDEDOR DE LAMPIÕES
Jorge de Lima

Lá vem o acendedor de lampiões de rua!
Este mesmo que vem, infatigavelmente,
parodiar o sonho e associar-se à lua,
quando a sombra da noite enegrece o poente!

Um, dois, três lampiões, acende e continua
outros mais a acender, imperturbavelmente,
à medida que a noite aos poucos se acentua
e a palidez da lua apenas se pressente.

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:
- Ele que doura a noite e ilumina a cidade,
talvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinua
crenças, religiões, amor, felicidade,
como este acendedor de lampiões de rua!

domingo, 12 de outubro de 2008

UM ANJO OLHA POR NÓS


MÃE APARECIDA, ROGAI POR NÒS


AVE APARECIDA
Arlene Miranda

Mãe Rainha do Céu, Imaculada,
Para sempre aos teus pés eu ficaria,
Para te agradecer, Mãe adorada,
Ao doce toque da Ave-Maria.

Ó, Mãe amada és tu, Aparecida,
Que nas águas de um rio apareceu.
Proteja-nos, ó doce Mãe querida,
Lá do Céu abençôa os filho teus.

No Santuário, para festejar,
O velho sino dobra em teu louvor,
E o crente peregrino, a te adorar,

Ergue a pálida face comovida.
Seu coração exulta de amor,
Ao clamar por teu nome, Aparecida.

Minha homenagem a N. Sra. Aparecida
por seu dia, hoje festejado - 12/10/2008

O RECIFE CHOROU A MORTE DO POETA


POETA E BOÊMIO

.
"Nas mesas do Bar Savoy
o refrão tem sido assim:
são trinta copos de chope,
são trinta homens sentados,
trezentos desejos presos,
trinta mil sonhos frustrados."

Carlos Pena Filho

SAUDADES DO POETA

Soneto Oco
Carlos Pena Filho

Neste papel levanta-se um soneto,
de lembranças antigas sustentado,
pássaro de museu, bicho empalhado,
madeira apodrecida de coreto.

De tempo, e tempo, e tempo alimentado,
sendo em fraco metal, agora é preto.
E talvez seja apenas um soneto
de si mesmo nascido e organizado.

Mas ninguém o verá? Ninguém. Nem eu,
pois não sei como foi arquitetado
e nem me lembro quando apareceu.

Lembranças são lembranças, mesmo pobres,
olha por este jogo de exilado
e vê se entre as lembranças te descobres.

Poesia publicada no Jornal do Comércio
um dia antes da morte do poeta.

Minha homenagem ao querido colega e
amigo Carlos Pena, com quem tive o prazer
de trabalhar no JC, nas décadas de 50 e 60.





sexta-feira, 10 de outubro de 2008

ROMÂNTICOS LAMPIÕES

Os velhos lampiões a gás foram
testemunhas de amores ardentes,
de lamentos e ais,
de cantos e saudade,
banhados, nas madrugadas,

pelo pratear da lua.
Pode haver algo mais bonito e
inspirador do que um velho
lampião de luz mortiça,

vigiando a noite em silêncio?

O LAMPIÃO VIGIA AS MADRUGADAS


À SOMBRA DO LAMPIÃO
Arlene Miranda

O lampião tristonho, no fim da noite,
Iluminava os nossos corações.
Sua sombra cobria a imagem tua
Para esconder as tuas emoções.

E eu, a contemplar-te com carinho,
Buscava encontrar os olhos teus,
Mas tu os desviavas de mansinho,
Tentando evitar os olhos meus.

Naquele jogo, perigoso e terno,
Tua mão me tocava docemente,
Suave como um vinho de Falerno.

Com o coração ardendo de paixão,
Eu sentia o teu beijo, ardentemente,
Sob a luz do tristonho lampião.




quinta-feira, 9 de outubro de 2008

QUANDO CORAÇÕES SE APAIXONAM




"Venha colibri;
dentro do meu coração

já é primavera!"

Urhacy Faustino

PRIMEIRO AMOR


O PRIMEIRO BEIJO
Arlene Miranda

Num doce afago, em minha mão tremia
A sua mão como a externar desejo.
Meu coração pulsava de agonia,
Ante a ternura do primeiro beijo.

Eram, porém, arroubos inocentes
De puros seres descobrindo a vida.
Enleados que estavam tão-somente
Com a doçura da emoção sentida.

Inda experimento a intensa sensação
Daquele terno beijo assim roubado
Que despertou em mim leve desejo...

E num misto de amor e sedução,
Que envolve os corações apaixonados,
Restou o encanto do primeiro beijo.


terça-feira, 7 de outubro de 2008

UM ANJO SUBIU AO CÉU


ESTE FOI O PRIMEIRO, AOS 15 ANOS


O PALHAÇO
Arlene Miranda

Rodopiando no meio da multidão,
Triste, o palhaço chora a dor que existe,
Enquanto no peito sangra o coração,
Indiferente à turba que o assiste.

Ali, causando tanta gargalhada,
À mente a filha lhe aparece morta.
Em meio às flores alvas mergulhada,
Era ela a causa de tanta cambalhota.

E o palhaço ri, enquanto a alma chora,
E o palhaço chora, enquanto o rosto ri,
Guardando forte o pranto que em si mora,
Sorrindo ao povo pra poder fingir.
.
E o palhaço sofre e o palhaço ri,
Fazendo do riso o pranto que o murchara,
Fazendo do pranto o riso que gargalha...

E o palhaço chora e o palhaço ri,
Revendo a filha que repousa inerme,
Ao ser lançada aos enfurecidos vermes!
.
E o palhaço chora e o palhaço ri!


segunda-feira, 6 de outubro de 2008

A CANETA DO POETA


EIS O POETA


SAUDADE
Cavalcanti Barros

Estou plantando esperanças
em teu ser-fertilizado,
com sementes de lembranças
para os frutos da saudade.

Nos meus olhos, verdes ânsias;
na alma, fragilidades.
No coração, as distâncias
que te fizeram saudade.

Minha janela criança,
meu olhar pra liberdade.
Um esboço de lembranças
que não soube ser saudade.

Viva a vida intensamente.
Desfruta tua verdade,
porque é dessa semente
que vai nascer a saudade.

(Na foto, o poeta ao lado da
filha Rayanna, sua melhor poesia)


VELHO FAROL DE MACEIÓ


GRANDE POETA ALAGOANO


O VELHO FAROL DE MACEIÓ
Paulo de Góes Andrade

Eu me lembro de ti, velho farol,
Plantado - majestoso - na encosta
Do morro, vislumbrando o horizonte
Da nossa alagoana linda costa.
Com tua luz intensa e renitente,
Guiando embarcações constantemente,
Mostrando, assim, num lampelo só,
Em tantas noites dessa terra nossa,
A iluminada terra - Maceió!

E tu não foste apenas um farol,
Porque tu deste nome e deste vida
Ao bairro e a essa gente agradecida
Que te adotou como um rebento seu.
Mas um dia se impôs a Natureza,
Invejando, talvez, tua beleza,
E, impiedosa, quis te destruir.
Numa avalanche atroz, inconseqüente,
Te enterrou ali. Mas, eternamente
A tua luz na lembrança em mim ficou!


domingo, 5 de outubro de 2008

TEU LENÇO




em cada ponta um beija-flor pegando,
ir o teu lenço pelo espaço voando,
pando, enfunado, côncavo de beijos!

Guimarães Passos

LENÇO: MENSAGEIRO DO AMOR




TEU LENÇO
Guimarães Passos

Esse teu lenço que eu possuo e aperto
De encontro ao peito quando durmo, creio
Que hei de mandar-to um dia, pois roubei-o
E foi meu crime, em breve, descoberto.

Luto, contudo, a procurar quem certo
Possa nisso servir-me de correio;
Tu nem calculas qual o meu receio,
Se, em caminho, te fosse o lenço aberto...

Porém , ó minha vívida quimera!
Fita as bandas que habito, fita e espera,
Que, enfim, verás em trêmulos adejos,

Em cada ponta um beija-flor pegando,
Ir o teu lenço pelo espaço voando,
Pando, enfunado, côncavo de beijos!

AS FLORES PERFUMAM O AMOR


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

MINHA FAMÍLIA


Eu me sinto uma pessoa privilgiada e feliz pelos irmãos que Deus me deu. Somos uma grande família, unida pelo amor e o carinho. Nessa foto, vê-se, da esquerda para a direita: Glorinha (Goia), eu, Emmanuel, Kléber, Ailton (escondidinho), Théo, Mac Dowell (também escondido), Marcelo, Marçal, Bezinha, e, na ponta, Bartolomeu. No centro, vê-se a "mama", Benigna. Vê-se, ainda, Marcial, irmão de Benigna, e suas duas irmãs: Dina e Glorinha. Que Deus nos conserve sempre alegres e felizes.

SONHAR É PRECISO


SONHO OLIMPO
Arlene Miranda

Como no pátio de um palácio d'ouro,
Vi um mancebo a me acenar risonho.
No brilho do olhar, o vulto louro
Parecia mover-se no meu sonho.

Olhei aquele vulto a me acenar:
- Será Apolo percorrendo os Céus,
Com seu carro de fogo a passear,
Ou será a figura de outro deus?

Procurei, ansiosa, o velho Zeus
E Ártemis, a filha mais querida.
Julguei que estivessem junto a Deus...

Então, do excelso Olimpo, um deus falou:
- O que queres de nós, mulher sofrida?
- Amor! - meu coração então bradou.

SAUDADE


A CASA ABANDONADA
Arlene Miranda

Olho a casa vazia, abandonada,
Co'a cor de suas portas desbotadas.
Já teve vida, podem crer, um dia
Essa casa de encantos e magia.

No terreno amassado pelo gado,
As crianças corriam pelo prado,
Compondo, alegres, junto à natureza,
Quadro singelo, d'imensa beleza.

E o fogão de lenha, em brasa ardente,
Estimulava o cafezinho da gente.
Café que tanto nos deliciava,
Que a preta velha no pilão pisava.

Hoje, essa casa só me traz saudade,
Afirmo isso com sinceridade.
É triste ver as luzes apagadas
E o desbotar das portas encerradas.






A CHUVA INSPIRA O AMOR


A CHUVA
Arlene Miranda

Olho a chuva caindo na janela
e, ao longe, no alto da colina,
voeja a passarada, arisca e bela,
misturada à folhagem purpurina.

Cada pingo que cai, em plena noite,
traz rajadas do vento impertinente.
Com frias baforadas, num açoite,
ele salpica o coração da gente.

Chuva fria, por Deus abençoada,
cujos pingos deslizam na calçada,
molhas, com graça, a flor de manhãzinha.

Quem dera que tu venhas - não importa,
quando eu for uma simples coisa morta,
molhar de amor a fria cova minha.




UMA ROSA É UMA ROSA


quinta-feira, 2 de outubro de 2008

FILOSOFIA


"O vinho dar-te-à o calor que não possues. * Libertar-te-à das névoas do passado e das brumas do futuro.* Inundar-te-à de luz, livrando-te dos grilhões de prisioneiro" - Omar Kháyyám, o poeta que exaltava o vinho.

Omar Kháyyám nasceu em Nichapaur, na Pérsia, em 1040 e morreu em 1131. Seu nome completo era Ghiyath Al Abul Fateh Omar Ibn Ibrahim Al Kháyyám, mas, como poeta, é conhecido pelo "Rubáiyát", que incorpora à poesia opiniões filosóficas e conceitos relacionados às profundezas da alma e psique humanas, que sobrevivem até os nossos dias.

A DELICADEZA DO AMOR


"O amor é uma flor delicada, mas é preciso ter a coragem de ir colhê-la à beira de um precipício!" - Sthendal

A BUSCA


A CATEDRAL DOS SONHOS
Arlene Miranda

Eu me perdi na Catedral dos sonhos,
Em meio às chamas de chorosas velas.
No peito havia um lamentar tristonho,
Envolto em saudades e quimeras.

Na Catedral dos sonhos e lembranças,
Ante o altar do louco incosciente,
Vi renascer, em mim, a esperança
E a alegria que se fez presente.

Na Catedral dos sonhos renovados,
Relicário maior do meu carinho,
Reergui minha alma adormecida.

E, entre flores, com o coração fremente,
Busquei, em vão, encontrar o caminho,
Que se perdeu no tempo tristemente.




quarta-feira, 1 de outubro de 2008

AMOR EM PRIMEIRO LUGAR


"Não é preciso crer nas coisas, basta amá-las, sendo que amar é muito mais que crer" - Raul de Leoni

FRASE CÉLEBRE


"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade" - Carlos Drummond de Andrade

GRANDE EMOÇÃO


MOMENTOS INTENSOS
Arlene Miranda

Na penumbra azulada do meu quarto,
Envolta em carinho e em paixão,
Meu desejo contigo então reparto,
Junto ao latejo do teu coração.

Querendo aproveitar doce momento,
Sorvo teus beijos com intensidade,
Em minh'alma palpita um sentimento,
Com o louco despudor da mocidade.

Na teia prateada e envolvente
Do teu amor, tão louco e desvairado,
Presa me encontro à emoção que sente
Meu coração ardente, alucinado.

Que nos critiquem os falsos, pouco importa,
Fechemos, para eles, a nossa porta,
Unidos num só beijo tão feliz.

Com volúpia, desejo e encantamento,
Nos entregamos, naquele momento,
Somente Deus, de nós, será Juiz.