domingo, 30 de agosto de 2009
CAMÕES, O INCOMPARÀVEL
OS LUSÍADAS
Luis de Camões
Canto Primeiro
I
As armas, e os Barões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram inda além da Taprobana;
E em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
Entre gente remota edificaram
Novo reino que tanto sublimaram:
III
Cessem do sábio Grego e do Troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano
A quem Neptuno e Marte obedeceram;
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
domingo, 23 de agosto de 2009
sábado, 22 de agosto de 2009
MEU CASTELO DE SONHOS
A CASA DE MINHA INFÂNCIA
Arlene Miranda
Jamais esquecerei o berço-ninho
E o verde musgo do quintal antigo,
Um primoroso e divinal carinho,
Ternas lembranças que guardo comigo.
Trago dentro de mim saudade infinda
E o prateado do gradil amigo.
Era feliz meu mundo de menina,
Com o mangueiral servindo-me de abrigo.
A casa em que vivi a infância ativa,
Fonte de luz em raios espalhados,
Foi meu reduto de beleza viva...
Conservo-lhe o odor em meus sentidos
Ao recordar seus muros encantados,
E em meus castelos, sonhos recolhidos.
quarta-feira, 12 de agosto de 2009
AUGUSTO, ANJO DOS ANJOS
O BANDOMIM
Augusto dos Anjos
Cantas, soluças, bandolim do Fado,
E de saudade o peito eu transbordas
Choras, e eu julgo que nas tuas cordas
Choram todas as cordas do Passado!
Guardas a alma talvez de um desgraçado
Um dia morto da ilusão as bordas,
Tanto que cantas, e ilusão as cordas,
Tanto que gemes, bandolim do Fado.
Quando alta noite, a lua é fria e calma,
Teu canto vindo de profundas fráguas,
É como as nênias do coveiro d'alma!
Tudo etenizas num coral de endechas...
E vais aos poucos soluçando mágoas,
E vais aos poucos soluçando queixas!
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
REALMENTE DOI NO PEITO
DOR NO PEITO
Bartolomeu Miranda
Uma dor no peito
não é apenas um enfarto
Mas um não bem feito
Pra chorar no quarto.
Uma ausência doi no peito
Levando alguém a sofrer
Pelo amor que se tem respeito
E a lembrança do bem-querer.
Uma indiferença doi no peito
Como se estivesse longe
e sem o menor respeito
Clausura como se fosse monge.
Uma individualidade doi no peito
Pois não permite a mútua relação
À condição de amor perfeito
Remachucando o dolorido coração.
Uma entrega sincera não doi no peito
Pois o contato amoroso acalenta a carne
E suaviza o ego glorificando o meio
De fazer a felicidade real e perene.
domingo, 2 de agosto de 2009
MINEIRINHO VOLTA A MACEIÓ
MINEIRINHO EM MACEIÓ
O comediante Mineirinho de Maceió estará em nossa cidade na próxima semana para mais uma apresentação de sua Companhia de Comédia. Desta vez, ele vem trazendo seu novo show de humorismo intitulado "Trem do Riso". O espetáculo será apresentado ao público alagoano nos dias 07, 08 e 09 (sexta, sábado e domingo) no Teatro do SESI Pajuçara, nos seguintes horários: sexta e sábado às 21 horas e domingo às 20 horas. Eu me sinto imensamente honrada com o convite especial do querido amigo Mineirinho para assistir ao seu novo trabalho, que, com certeza, será maravilhoso, pois Mineirinho é um artista completo. Espero que o público alagoano, mais uma vez, prestigie esse grande artista, lotando o Teatro do SESI. Ele merece!
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