domingo, 3 de abril de 2011

UMA ALMA SOLITÁRIA


FERIDAS D'ALMA
Paulo de Góes Andrade

Quantas vezes sofremos tanto, tanto,
Co'as feridas doendo em nosso peito;
Feridas d'alma de um amor desfeito,
No amargor de um doloroso pranto!

Outros sentem feridas que, sem jeito,
Se a morte fez da vida um desencanto,
Arrebatando-nos alguém. Portanto,
Só nos restando a dor a ter direito.

E essa dor que nos atinge a alma,
Parecendo que nada nos acalma,
Nem mesmo o choro pra essa dor passar.

Essas feridas, esse sofrimento,
Rogando a Deus, com fé, nosso lamento,
Acreditemos, Ele vai curar!...