quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DOCE MANHÃ


AMANHECER
Arlene Miranda

Tudo é silêncio. Dorme a madrugada,
Vem devagar o dia clareando,
Ainda há no céu, avermelhada,
A luz que, aos poucos, vai se apagando.

Lá longe, no infinito rompe a aurora,
Trazendo brilho ao instante derradeiro.
A vida refloresce em boa hora,
À luz do sol dourado, sobranceiro.

Acorda, meu amor, raiou o dia,
O sol clareia, cheio de alegria,
Embalado por flauta e por clarim.

O rouxinol gorjeia, alvissareiro,
E eu imagino: pelo mundo inteiro,
Quantos queriam um despertar assim!

2 comentários:

Lou Correia disse...

Querida Arlene, doce poetisa!
Eita que soneto tão lindo ficou "Doce manhã"!
Incrível como você se supera, a cada nova produção, se é que isso é possível.
Obrigada por sua essência poética que tanto me privilegia e enriquece.
Cheiro da amiga e admiradora do seu nobre versejar, Lou.

Anônimo disse...

Lou, seu comentário é um valioso estímulo para que eu continue a escrever sonetos. Fico muito feliz em saber que vc aprecia minha produção poética. Isso me incentiva muito, sobretudo por vir de você, uma das mais inspiradas poetisas que já conheci. Admiro-a imensamente. Grata pelas estimulantes palavras. Com meu carinhoso beijo. Arlene.