O BEM-TE-VI
Arlene Miranda
De manhãzinha, escuto o bem-te-vi,
Seu doce canto a invadir os Céus.
O sibilar mais lindo que já ouvi,
-Obra divina, criação de Deus!
Mavioso trinado na matina,
O bem-te-vi encanta o meu viver.
Sobre as silvas molhadas da campina,
Traz mais ternura ao amanhecer.
Seu canto mavioso invade a aurora,
À luz do almo sol, em doce hora,
Ele celebra os Anjos lá do Céu.
E, para amenizar as minhas dores,
Com a proteção do Arcanjo dos amores,
Inunda de ternura o peito meu.
3 comentários:
Arlene,
nos meus tempos de menino eu perseguia e matava os indefesos bem-te-vis. Hoje, confesso o meu arrependimento e gosto de vê-los pela manhã e à tardinha no jardim de minha casa. Eles me olham desconfiados prontos para dar o fora ao primeiro movimento suspeito, como se advinhassem o meu passado belicoso de destuidor de seus ancestrais.
Parabéns pela bela homenagem, eles merecem.
Zé, amei seu comentário. De início, assustei-me com a confissão do seu "crime", mas logo entendi a travessura infantil. Senti seu arrependimento e me acalmei. Creio que os bichinhos o olham desconfiados por medo de virem a ter a mesma sorte dos seus ancestrais. Mas hoje vc, como eu, os ama e os protege. Obrigada pelo belo comentário.
Zé, esqueci de assinar o comentário de agradecimento. Voc~e entende, não é? Velhice chegando e eu chegando ao fim. Arlene.
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