sexta-feira, 3 de outubro de 2008

SAUDADE


A CASA ABANDONADA
Arlene Miranda

Olho a casa vazia, abandonada,
Co'a cor de suas portas desbotadas.
Já teve vida, podem crer, um dia
Essa casa de encantos e magia.

No terreno amassado pelo gado,
As crianças corriam pelo prado,
Compondo, alegres, junto à natureza,
Quadro singelo, d'imensa beleza.

E o fogão de lenha, em brasa ardente,
Estimulava o cafezinho da gente.
Café que tanto nos deliciava,
Que a preta velha no pilão pisava.

Hoje, essa casa só me traz saudade,
Afirmo isso com sinceridade.
É triste ver as luzes apagadas
E o desbotar das portas encerradas.






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