sexta-feira, 26 de setembro de 2008

MEU AUTOR PREFERIDO


Faço aqui algumas considerações sobre Carlos Heitor Cony, meu autor preferido, que, a convite de minha amiga Sheila Maluf, diretora da Edufal, tive a honra de apresentar na Bienal do Livro de 2007. Aquele foi um momento de grande emoção, quando me vi ao lado do maior escritor brasileiro, cujas obras sempre me encantaram. O que apaixona em suas histórias é a visão que ele tem do ser humano. Em seus livros, a associação entre tristeza e lucidez é o preâmbulo para a felicidade, enriquecida por um humor fino, invulgar, contido em belas e sublimes passagens. Seu ceticismo tem um toque indisfarçável de seu gosto pela vida, que finge prezar de menos, quando, na verdade, preza demais. Ama viver, como ama escrever. Mas, de uma ou de outra arte, como um pintor caprichoso e detalhista, pinça os tons mais gris, para realçar os azuis exuberantes.
Imortal da Academia Brasileira de Letras, Cony é uma das maiores glórias da literatura brasileira. A ele, o atestado de minha enorme admiração, na morna "Tarde de sua Ausência".

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