sábado, 2 de outubro de 2010

FALANDO AO MAR




QUEIXAS AO MAR

Arlene Miranda

Ao manso verde mar, contei, chorando
Minhas sentidas, comovidas mágoas,
Verti minha tristeza, soluçando,
Abraçada ao frescor de suas águas.

No silêncio da praia arenosa,
Que, pouco a pouco, se tornou serena,
Minha agonia revelei, chorosa,
Sob o doce luar de luz amena.

O mar ouviu-me as queixas, comovido,
De meu triste penar, compadecido,
No suave embalar de suas águas.

Com amargor, chorou as minhas penas,
Sob as ondas suaves e serenas,
E confortou com dó as minhas mágoas.

2 comentários:

Clarice Braga disse...

Ah o velho amigo mar, sempre ouve nossos segredos, leva com ele em cada onda nossas tristezas, e retorna trazendo alegrias.

Arlene disse...

Isso é verdade. Eu cresci à beira-mar, do verde mar de Pajuçara, cintilante qual a esmeralda. A ele, muitas vezes confessei minhas angústias e inquietações de adolescente. Adoro o mar. Grata pela mensagem. Beijos da Arlene.