
MENINOS DOS SINAIS
Arlene Miranda
No burburinho das ruas ele vivia,
Fazendo malabares nos sinais,
Manejando, com graça e maestria,
Uma vida de cores tão brutais.
Ser hesitante de uma vida incerta,
Na nostalgia de um entardecer
Eleva aos céus su'alma inquieta,
Na ânsia de mudar triste viver.
Roubaram-lhe a doce inocência,
Tiraram do seu eu a consciência
E o maltrataram logo ao nascer...
Despiram-lhe o orgulho, o sonho, a graça,
Vestiram-lhe o manto da desgraça,
Na mágica tarefa de viver.
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