quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
PESCADOR
TRISTEZA DE PESCADOR
Arlene Miranda
Passaste a vida olhando para o mar,
Alheio a tudo, envolto em desengano,
Perdido em devaneio a lamentar
A vida mergulhada em abandono.
Mirando o oceano em mar aberto,
Teu olhar se perdia a indagar:
"Quais as procelas bramem no deserto
Do imenso oceano a se agitar?"
Desfilava no mar lindo cortejo,
Frotas de amor ao vento, sobranceiro,
Lançando ao teu semblante um doce beijo,
Igual ternura de um cancioneiro.
Grito de amor já foi por ti ouvido,
Que mais se assemelhava a um gemido,
Soluço de um antigo amor desfeito.
Dentro da noite, esse lamento triste,
Alto, feroz, igual ao que ouviste,
Ardia em brasa dentro do teu peito.
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