É NATAL
Arlene Miranda
Parda luz ilumina a terra verdejante
É Natal...
A mãe, silente, vela o sono do menino,
docemente.
Lá fora, um coro inunda de sons a noite em penumbra.
A mãe, velha e cansada, ouve a música que ressoa,
melancólica, triste.
E lembra,
revivendo, tristonha, aquela história original
do Natal:
" É noite alta.
Um cântico sublime e suave
invade um recanto humilde da modesta Belém.
Lá longe,
bem longe,
vê-se um tugúrio iluminado e flamante.
Uma estrela caminha no céu,
como facho luzente, mansamente.
E sobre o presépio paira
para saudar a vinda do Messias.
É meia-noite...
Tênue luz resplandece na escuridão quieta.
E o brilho celeste desce na imensidão deserta
das ruas orvalhadas.
Ajoelhado,
permanece o mundo. E o peregrino
reza ardente prece ao Deus-Menino.
Felicidade...
Logo uma luz ilumina o coração faminto
do pobre peregrino.
E a verdade volta ao seio da humanidade.
Miragem...
Tudo são golfadas de luz.
A terra experimenta novamente verdade e justiça,
amor fraternal desce dos Céus.
E volta a reinar a palavra de Deus!"
E a mãe acorda - dormia acordada.
E olha o filhinho que dorme sereno.
E pensa:
" É Natal!...
Sonha meu queridinho, sonha.
És pobre e a ti faltará a alegria desta noite.
Teus sapatos já nem se pode olhar.
Sonha, meu queridinho, sonha.
E terás, como os outros meninos desta terra,
bombons e docinhos,
brinquedos, festejos, alegria, emoções.
Em sonho, verás o querido velhinho
que logo virá alegrar-te as visões.
Dorme e sonha com o país dos sonhos.
Dorme!"
E sobre o filhinho debruça, chorando,
o corpo cansado de tanta fadiga.
E o coro dos anjos entoa de novo,
na noite sagrada o hino celestial.
E traz alegria ao sonho do menino.
É Natal!
sábado, 19 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
RECITAL DE ORIÊTA FEIJÓ
Queridos blogueiros,
Não esqueçam que é amanhã,
às 20 horas, o Recital da exi-
mia pianista clássica Oriêta
Feijó, no Teatro de Arena Sér-
gio Cardoso. Será um deleite
para o nosso espírito. Compa-
reçam, e não irão se arrepen-
der. Peças maravilhosas de Chopin, Beethoven, Tchaikovski,
Mozart e outros grandes Mestres do clássico mundial serão
executadas por esta admirável pianista. Conto com vocês.
Arlene Miranda.
Não esqueçam que é amanhã,
às 20 horas, o Recital da exi-
mia pianista clássica Oriêta
Feijó, no Teatro de Arena Sér-
gio Cardoso. Será um deleite
para o nosso espírito. Compa-
reçam, e não irão se arrepen-
der. Peças maravilhosas de Chopin, Beethoven, Tchaikovski,
Mozart e outros grandes Mestres do clássico mundial serão
executadas por esta admirável pianista. Conto com vocês.
Arlene Miranda.
sábado, 12 de dezembro de 2009
UM SONETO MEU, PARA AMENIZAR A MINHA DOR
A BAILARINA
No pas-de-deux desliza a bailarina,
Co'a leveza de garça a flutuar.
A beleza das plumas nos fascina,
Em ternos movimentos a bailar.
Cheia de sonhos, salta levemente,
Co'a brancura suave de um jasmim.
Pelo palco se exibe docemente,
Linda face coberta de carmim.
Mãos singelas, suaves, pequeninas,
Flutuando no ar, brilhando em cena,
No balanço encantado da menina...
Os lindos rodopios de seus passos,
São gestos que flutuam nos compassos
Saltitantes dos pés da bailarina.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
A IMPRENSA ALAGOANA ESTÁ DE LUTO
Meu coração está de luto. Morreu em Fortaleza, na última segunda-feira (7), o jornalista alagoano José Rodrigues de Gouveia, mestre de muitas gerações do jornalismo de Alagoas. A imprensa de nosso Estado está de luto, e eu mais ainda, pois perdi, não só meu mestre, mas um grande e querido amigo, quase um pai. Gouveia foi uma referência, não só como excelente jornalista, mas como alguém que amava a vida, a família, os amigos, a profissão, à qual dedicou grande parte de seus dias. Grande incentivador dos iniciantes, ajudou muitos talentos a encontrar o seu caminho, passando a todos lições de altruismo e perseverança. Tratava os "focas" com a maior respeito e os ensinava a fazer um bom jornalismo, com admirável paciência. Alma boníssima, carinhoso, amável com todos que dele se acercavam, o Gô sempre foi muito querido por seus "discípulos". Eu, particularmente, o amava como a um verdadeiro pai. Inteligente e carismático, além de jornalista, era também poeta. É dele o soneto que transcrevo abaixo:
MULHER SEM DONO
Mulher sem dono, triste e amargurada,
Que curte, rindo, o mal sem ser sem sorte,
Sublime mariposa, desgraçada,
Sem um afeto puro que a conforte.
Atrás dessa mulher ficou um nada,
Enrijecido pela fria morte,
Um sonho de mocinha apaixonada,
Que lhe traçou estranho e negro norte.
No lodaçal do vício peçonhento,
Chorosa a nos contar o seu tormento,
Vegeta espezinhada a bela flor.
Quando a vires, amigo, te aconselho,
Veja nessa mulher vulgar espelho:
Quer dinheiro, mas quer também amor.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
EXALTAÇÃO À NATUREZA
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